Sincronicidade e Individuação, um chamado da Mariposa

Há alguns anos que um desejo me atravessa, abrir uma escola sustentável, científica, holística, artística, filosófica, de agricultura familiar, antropofágica com a concepção de uma pedagogia Macunaímica como diria Prof.a Ana Lucia Goulart de Faria, que acolhesse uma pedagogia do aprender fazendo e do fazer aprendendo como nossos povos originários sempre fizeram.

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Depois que me aposentei de 30 anos construindo educação integral e em território rumo a cidade educadora no município de São Paulo, acreditei que esse fosse meu caminho. Mas não somos nós que traçamos o nosso caminho; é o caminho quem nos “traça” (risos).

E o caminho que foi traçado para mim e que fui arrastada a ele foi continuar vivendo no Centro de São Paulo, onde moro há 25 anos e convivo há 35 anos e aqui estabelecer o meu serviço humano a favor da vida.

Não imaginei que eu fosse me consolidar por aqui e implementar um serviço de Saúde Mental, Educação, Arte, Cultura e Filosofia, tudo junto. Mas foi o que aconteceu.

Dia 4 de junho de 2022, inauguramos a Anima Augusta, o Coração do Bixiga, um espaço que eu já tinha sonhado em constituir, mas que pensava fosse dentro da Escola da Floresta que venho sonhando há bastante tempo e que seria na verdade, o corpo físico do Jardim da Mariposa Ateliê.

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Imagem que escolhemos para representar a Anima Augusta, do fotógrafo Jeferson Gomes no Projeto Cidade Nu

Mas a vida tem razões que a própria razão desconhece e aqui estou de qualquer forma feliz por esse feito, mas com um enorme frio na barriga de seguir essa travessia.

A Anima Augusta, nasceu como uma filha que precisava aparecer, precisava existir e que sinto que quer se consolidar como um ponto de acupuntura urbana e que junto ao verde do Parque Augusta –  frutos de tantos anos de luta, que tive a honra de participar com as crianças da Gabriel Prestes e de escrever um artigo sobre isso numa publicação junto a amigos da FEUSP e com Marcia Gobbi – ajudar a circular uma energia de um lugar tão potente, mas tão sofrido como nosso querido Bairro do Bixiga.

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Para assistir o lançamento do Livro Crianças, Educação e o direito a Cidade, clique acima.

Na inauguração, a Anima Augusta já mostrou a que veio.

Tivemos a apresentação da Diambas Franzem com o Projeto BrincaCEU na qual fomos premiadas em 2017 pelo Instituto Tomie Ohtake:

Diambas Franzen, coordenadora do BRINCACEU e Anna Cecilia Simões, a primeira gestora do CEU Butantã em 2003 e 2004.

Teve rodas de conversa entre Psicoterapeutas e Arteterapeutas; teve uma esquete de Palhaçaria com Naná Ladeira e sua palhaça Berinjela e Gabriel Ladeira da CIA Ladeira Abaixo com seu palhaço Tico:

Palhaça Berinjela
Palhaço Tico da CIA Ladeira Abaixo

 Teve o Babado de Chita, que desde 2002 faz apresentações inspirados por manifestações tradicionais populares brasileiras como brincantes da cidade grande, nos presenteou com cirandas:

E por fim fizemos um concerto de choro e samba das artistas Ana Cláudia César e Rosana Bergamasco, musicistas incríveis que escolheram canções para embalar as histórias da Mariposa, contadas por mim, Naíme Silva, artista, escritora, poeta, educadora, psicóloga e arteterapeuta e eterna aprendiz de filosofia:

Tenho que admitir à vocês, minha enorme alegria em estar com essas amigas psicoterapeutas, muitas delas, estudaram comigo na graduação da UNIP, há exatos 30 anos atrás e outras, tão jovem mas intensa amizade do IJEP/ Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa, onde temos realizado nossa formação em JUNG.

Tivemos nessa tarde e noite ilustre por volta de 70 pessoas, entre amigos e amigas, parceiros/as de trabalho, alunas/os, supervisionandas/os e muitas/os terapeutas, pacientes e clientes dos terapeutas, que comporão nossa equipe fixa e eventual. Foi um dia inesquecível!

E no domingo, ainda tivemos a ilustre visita de amigas arteterapeutas do IJEP, educadoras da PMSP, minhas afilhadas de casamento e supervisionandas da educação integral, e minha querida parceira de trabalho e contadora da Anima Augusta Fabíola Murakami, que foram recebidas na nossa cozinha terapêutica com o grupo Frô de Chita, grupo de mulheres das comunidades do território Butantã, que se transformaram em educadoras populares do BRINCACEU, num delicioso café da manhã cheio de cantoria e ciranda, sob a batuta de Diambas Franzen, nossa querida DiBruxa nordestinamente brasileira.

Quero também te mostrar como nosso Jardim da Mariposa Ateliê ficou lindo e cheio de possibilidades de sua alma se manifestar pelas imagens do Inconsciente:

Agradeço por visitar nosso Jardim e te peço que aqui comente, e compartilhe em suas redes sociais de forma que possamos espalhar o perfume das flores desse Jardim e peço também que não se assustem com o farfalhar das asas dessa enorme mariposa, que me acompanha desde pequena, me trazendo sincronicidades e me auxiliando no meu processo de individuação.

Deixo vocês com essas imagens e vídeos de Inauguração da Anima Augusta, que falam por sí mesmos. Aguardamos sua visita na Anima Augusta e no Jardim da Mariposa Ateliê, tanto no espaço virtual que deixarei o link, quanto no espaço físico. Conforme tudo for se consolidando e ganhando corpo venho aqui pra contar todas as venturas e aventuras que aprontaremos por lá.

 

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