Lado A Quem Canta seus males espanta
Lado B A voz do povo é a voz de Deus
A musicalidade em diálogo com minha alma e com os coletivos ao meu redor
Nessas últimas semanas de novembro tenho vivido experiências tão intensas com música e musicalidade de arrebatar a alma de qualquer pessoa um pouquinho sensível que seja. Foi tão absolutamente incrível que me senti impelida e inspirada a vir aqui escrever.
Bom, esses dias parei pra pensar nas potências da alma de meu clã familiar. Tanto minha linhagem materna quanto minha linhagem paterna, temos a herança da música muito presente. Lembro que quando eu era criança, meu pai sempre dizia que ele não tinha podido estudar música e que o maior sonho dele para seus filhos, seria nosso envolvimento para tocar um instrumento. Meu avô paterno Raul, tocava cavaquinho com uma alegria, leveza e força encantadoras. Meu avô materno tocava flauta transversal e chegou a tocar com Gonzagão pelo sertão cearense de meu Deus.
Eu e minha irmã Naide de alguma forma nos envolvemos mais com as artes da cena, mas que também incluem a música e musicalidade, pois costumo dizer que o Teatro é a mãe de todas as linguagens artísticas.
Meu irmão é um artista completo, toca vários instrumentos, canta lindamente e tem uma presença cênica maravilhosa que nos atravessa. Poderia mostrar a vocês tantas canções que ele canta, mas no final vou deixar o seu canal no YouTube para que vocês possam se deliciar com essa voz e essa presença. Por aqui vou deixar um cover de Liniker e Johnny Hooker, com a música Flutua, que é de uma verdade doída absurda. Com vocês a Drag Queen de meu irmão Raul Neto, a Suanny, lindamente poderosa e forte.
Flutua (part. Johnny Hooker) – Liniker e os Caramelows
O que vão dizer de nós?
Seus pais, Deus e coisas tais
Quando ouvirem rumores do nosso amor
Baby, eu já cansei de me esconder
Entre olhares, sussurros com você
Somos dois homens e nada mais
Eles não vão vencer
Baby, nada há de ser em vão
Antes dessa noite acabar
Dance comigo a nossa canção!
E flutua, flutua
Ninguém vai poder querer nos dizer como amar
E flutua, flutua
Ninguém vai poder querer nos dizer como amar
Entre conversas soltas pelo chão
Teu corpo teso, duro, são
E teu cheiro que ainda ficou na minha mão
Um novo tempo há de vencer
Pra que a gente possa florescer
E, baby, amar, amar sem temer
Eles não vão vencer
Baby, nada a dizer em vão
Antes dessa noite acabar
Baby, escute, é a nossa canção
E flutua, flutua
Ninguém vai poder querer nos dizer como amar
E flutua, flutua
Ninguém vai poder querer nos dizer como ama
Como amar
Como amar
Ninguém vai poder querer nos dizer como amar
Como amar
Como amar
Ninguém vai poder querer nos dizer como amar
Como amar
Como amar
Ninguém vai poder querer nos dizer como amar
Vocês já repararam que as vezes ficamos carentes de uma música ou novos artistas que nos toquem profundamente como aqueles tantos que nos tocaram no século passado, principalmente dos anos 60 aos anos 90? Daquela saudade que pessoas da minha geração sentem dos grandes festivais?
Participo de um grupo de Acolhimento de mulheres que curam suas feridas, coordenado pela analista Junguiana e arteterapeuta Ana Paula Maluf, minha professora de Corporeidade e musicalidade do IJEP/ Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa. Em nosso encontro de quinta feira, após uma rodada de relatos pessoais de mulheres que procuram força umas nas outras, a Ana colocou pra gente ouvir em silêncio e de olhos fechados, a música de Gilberto Gil, Se eu quiser falar com Deus.
Na psicologia analítica ou psicoterapia profunda, nosso maior objetivo é a busca do processo de individuação, quando procuramos compreender e integrar as polaridades de nossa psiquê, do que esta na luz e sombra de nossa alma, quando trabalhamos o rumo ao centro de nossa alma, onde mora nossa centelha divina, nossa criança, a morada de DEUS.
Convido você a ouvir a música de Gil pensando nisso que acabei de te afirmar do pensamento Junguiano e coloco aqui pra vocês acompanharem minha emoção vivida na quinta feira no grupo de Acolhimento de mulheres que curam suas feridas.
Se Eu Quiser Falar com Deus – Gilberto Gil
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar, vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar
Segundo a professora Ana Paula, toda música expressa uma narrativa do inconsciente pessoal, mas sobretudo do inconsciente coletivo. Pensar nisso me emocionou porque foram tantos sentimentos profundos que senti durante toda minha vida ouvindo música, que pude compreender essa emoção acompanhada pela captura de uma alma coletiva. Minha vida sempre foi regida por canções. Várias. Nesse mês de novembro me peguei revivendo canções guardadas em mim por décadas atrás, despertadas por um senhor que vendia mancebos na rua e que estava a cantar uma música do Roberto Carlos, As curvas da estrada de Santos, que é de 1969. Já repararam na letra dessa música? Quem nunca se desesperou diante da perda de um grande amor? Ouçam e acompanhem a letra:
As curvas da estrada de Santos – Roberto Carlos
Se você pretende saber quem eu sou
Eu posso lhe dizer
Entre no meu carro na estrada de Santos
E você vai me conhecer
Você vai pensar que eu
Não gosto nem mesmo de mim
E que na minha idade
Só a velocidade anda junto a mim
Só ando sozinho e no meu caminho
O tempo é cada vez menor
Preciso de ajuda, por favor me acuda
Eu vivo muito só
Se acaso numa curva
Eu me lembro do meu mundo
Eu piso mais fundo, corrijo num segundo
Não posso parar
Eu prefiro as curvas da estrada de Santos
Onde eu tento esquecer
Um amor que eu tive e vi pelo espelho
Na distância se perder
Mas se o amor que eu perdi
Eu novamente encontrar, oh
As curvas se acabam e na estrada de Santos
Não vou mais passar
Não, não vou mais passar, oh
Eu prefiro as curvas da estrada de Santos
Onde eu tento esquecer
Um amor que eu tive e vi pelo espelho
Na distância se perder
Mas se amor que eu perdi
Eu novamente encontrar, oh, oh
As curvas se acabam e na estrada de Santos
Eu não vou mais passar
Não, não, não, não, não, não
Na estrada de Santos as curvas se acabam
E eu não vou mais passar
Não, não, não,
Oh, na estrada de Santos as curvas se acabam
Na sexta feira, eu também me impactei com uma música. Dessa vez, na supervisão do professor Waldemar Magaldi, ao analisar um caso terapêutico numa sucessão de repetições de vínculos amorosos com alcoolistas. Quantos de nós não carrega essa herança familiar de um cotidiano com envolvimento de um pessoa e o álcool?
Segundo Magaldi, um complexo na relação materna pode levar ao alcoolismo e deixar a pessoa, “mamada”. Interessante, porque em minha família essa herança presente fez muitos complexos chegarem a dramas dolorosos que também afetam minha alma e minhas relações durante toda minha vida. O caso discutido sobre o alcoolismo levou Magaldi a sugerir o trabalho com uma música de Lupicínio Rodrigues, na voz de Maria Bethânia, Foi assim:
Foi Assim (ao vivo) – Chico Buarque e Maria Bethânia
Foi assim
Eu tinha alguém
Que comigo morava
Mas tinha um defeito que brigava
Embora com razão
Ou sem razão
Encontrei
Um dia uma pessoa diferente
Que me tratava carinhosamente
Dizendo resolver minha questão
Mas não
Foi assim
Troquei essa pessoa que eu morava
Por essa criatura que eu julgava
Pudesse compreender todo o meu eu
Mas no fim
Fiquei na mesma coisa em que estava
Porque a criatura que eu sonhava
Não faz aquilo que me prometeu
Não sei se é meu destino
Não sei se é meu azar
Mas tenho que viver brigando
Todos no mundo
Encontram seu par
Por que só eu vivo
Trocando?
Se deixo de alguém
Por falta de carinho
Por brigar
E outras coisas mais
Quem aparece
No meu caminho
Tem os defeitos iguais
Se deixo de alguém
Por falta de carinho
Por brigar e outras coisas mais
Quem aparece no meu caminho
Tem os defeitos iguais
No sábado fui para a aula do IJEP, onde teríamos aula de imaginação ativa e a técnica arteterapeutica das mandalas com a professora Simone Magaldi que foi absolutamente reveladora de nosso inconsciente pessoal e a tarde a aula com Ana Paula Maluf sobre musicalidade, inconsciente coletivo e mudanças de humor.
Que dia! Que aulas poderosas! Já saí bastante mobilizada da aula de imaginação ativa onde vi revelado meu inconsciente pessoal por meio da produção de minha mandala. À tarde, vivenciamos a construção coletiva da musicalidade desvelando nosso insconsciente coletivo e foi algo surpreendente.
A professora Ana desenvolveu conosco várias experiências musicais que culminou numa composição musical ao final da aula que revelou a alma coletiva da nossa turma. A música que criamos revelou-nos uma narrativa em três partes, que contavam uma evolução humana. A primeira uma chuva na floresta, a segunda um agrupamento tribal e a terceira me pareceu um riacho com lavadeiras.
No momento da produção, estávamos tão soltos e criativos, sem preocupações com nada. Levamos vários cotidianafanos, que são instrumentos que produzem sons criados por materiais reciclados de elementos da nossa cultura.
Mas também levamos instrumentos musicais prontos como pratos, triângulos, claves, gaitas, pandeiro, tambor, reco-reco, pau de chuva, maracas e dois instrumentos incríveis levados pelo Felipe Coelho. Ele levou um instrumento de sopro aborígene chamado Didgeridoo, que é uma espécie de aerofone, onde o som é provocado pela vibração dos lábios, um pouco parecido com o nosso berrante brasileiro. Veja aqui:
Ele também levou um instrumento que parece um disco voador que tem um som de água incrível chamado Hang Drum que deixo abaixo pra você conhecer:
Todos esses instrumentos dispostos no chão e inicialmente a Ana fez conosco uma espécie de imaginação ativa rumo ao nosso centro, a nossa centelha divina, a nosso Deus, ao nosso centro, rumo ao SELF. Depois, o grupo começou a produzir sons com o corpo, com a voz, e aos poucos fomos levantando e pegando esses instrumentos que estavam dispostos no chão, no meio, no centro da sala, meio mandálico também, ali nos convocando a deles compor nossa narrativa musical.
Lembro que na hora da criação coletiva, a única coisa que me preocupei foi em compor de uma certa harmonia musical com meus colegas e vez ou outra mudar de instrumento e de som. Também senti o desejo de compor uma dança com aqueles sons e bailar docemente ao som coletivo daquela narrativa.
Ao final, a Ana que havia gravado aquela narrativa musical do SELF de nossa turma, colocou o áudio pra que a gente ouvisse. Qual não foi nossa emoção de percebermos a beleza de nossa história musical que contava uma evolução: floresta, tribo e trabalho coletivo. Quanta riqueza há nesse coletivo! Ouçam:
Ao abrirmos os diálogos sobre nossas impressões, Rosana Bergamasco, que também é minha professora e regente do coral da EMIA/Escola Municipal de Iniciação artística fala de seu trabalho arteterapeutico inovador de compor letra e música coletiva no coral das famílias da EMIA. Eu também pude relatar o quanto essa experiência do coral da qual faço parte tem me deixado realizada emocionalmente, porque a cada encontro, a cada semana que preparamos nosso repertório e criamos arranjos para nossas canções a partir dessa nova metodologia de Rosana, algo acontece dentro de nós que nos aproxima, nos conecta, nos vincula enquanto coletivo.
A canção que compusemos com Rosana Bergamasco, que nos apresentou uma metodologia que capturou nosso insconsciente coletivo tanto para compor a letra, quanto a música, me fez pensar no momento político que vivemos.
Vivemos um contexto de ódio, de desprezo e retalhação às instituições, à ética, aos direitos humanos, aos valores fundamentais rumo à uma sociedade humanizada e humanizadora.
Na canção A Poesia me interessa, de nossa autoria coletiva do Coral das Famílias da EMIA/ Escola Municipal de Iniciação Artística, sob a composição e regência de Rosana Bergamasco e arranjos, performance e regência de Viviane Godoy, falamos de um amor escondido em nossa sombra e que nessa sombra, se encontra uma criança divina em expansão de alma e todo o amor perdido pela pressa e desconexão humana contemporânea.
Fico muito emocionada de compreender essa composição coletiva, porque em 2018, antes das eleições, nossa escola ficou polarizada pelas famílias de esquerda de uma lado e as famílias de extrema direita de outro. Muito ódio e desrespeito aconteceu nas redes sociais, muitos ataques foram travados entre grupos que culminou até num desrespeito as próprias crianças na apresentação final de 2018 no teatro João Caetano, quando algumas famílias gritaram uma com outra na boca de cena, enquanto o diretor da escola pedia que os adultos pedissem desculpas pelo seu destempero para com todos ali e principalmente com as crianças, que são nossos filhos. Foi constrangedor, horrível, vergonhoso, triste.
Em 2019, pensei dez vezes se eu ia mesmo compor daquele coral de famílias ou não. Sentia medo da polarização. Mas resolvi que devia ir. Nos primeiros encontros, senti a presença da hostilidade, da polarização, um estranhamento que queimou meu peito.
No dia 27 de agosto, dia do Psicólogo , nós ganhamos de presente uma oficina terapêutica, uma vivência com feitura de pães, coordenada por uma das integrante do coral de famílias da EMIA, a psicoterapeuta Nívea Gonçalves, que nos fez mergulhar em silêncio para que através da integração dos ingredientes, a manipulação da massa, a espera do crescimento da mesma e da escuta interna de nossas emoções, nos mobilizou por meio dessa alquimia olhar para nós mesmos e nos conectarmos umas as outras no coletivo do coral. Fiz um texto aqui no meu jardim contando sobre essa vivência incrível na escola pública, que batizei de As delícias e dores humanas, vivências grupais, que deixo o link aqui pra quem quiser ler:
Percebi que após essa vivência e após a criação musical da Poesia me Interessa, uma chave virou a porta da alma e nos fez constituir um vínculo muito forte de amor.
A música revela e une almas. Ela fala por todos nós. Fala de dores, amores e amizade. Fala do esssencial. Fala que vem do centro. Uma narrativa coletiva de um SELF coletivo.
Nesse domingo, 1º de dezembro, dia mundial de luta contra aids, quando costumo chorar tantos amig&s mortos, vitimados por essa peste tão cruel do século XX, a aids, nos apresentamos no Teatro João Caetano, revelando a nossa narrativa, a nossa canção que vem da nossa sombra e lá está guardado um montão de amor, amizade, respeito, alegrias, dança, que virá depois da noite. Essa manhã eu senti verdadeiramente o espírito do natal em meu coração com essa gente linda que ama cantar!
Pra vocês o coral das famílias da EMIA com a composição coletiva (música e letra):
A Poesia Me Interessa
Estou com pressa
Mas a poesia me interessa
Assim como a brisa da manhã
Refresca o nosso ser
O amor está no ar
Vamos aproveitar e amar
Muito, amar o mar
E por que não? Amar a escuridão
Pedo, filho amado
Corpo prisão
Alma em expansão
Em plena transformação
Estou com pressa
Mas a poesia me interessa
Assim como a brisa da manhã
Refresca nosso ser
Declamado
Alma em expansão em plena transformação
É preciso de casulo e tempo
Para a libertação da consciência e da paz
O amor? Ahh o amor!
Amor para todos e saúde
É preciso viver a vida com coragem!
Embalando o canto no rio, mato ou cidade
O amanhã vira depois dessa noite!
Cantado
O amor está no ar
Vamos aproveitar e amar muito
Amar o mar
O amanhã virá depois da noiteeeee...
Mas minha jornada rumo a profundidade do mundo da música ainda não havia terminado nesse domingo.
Chegando em casa, recebi de minha amiga Valquiria Lima um presente que me deixou sem ar. Valquiria tem um filho que é um gênio. Aos 13 anos ele deu uma aula pra minha turma de 2012 na EMEI Gabriel Prestes sobre dobra espacial, sobre massa, sobre gravidade que as crianças entenderam perfeitamente.
Esse menino tocou violino na presença de uma fogueira num acantonamento em 2013 para as crianças da EMEI Gabriel Prestes, a canção as Quatro estações do Vivaldi, que encerrava o Festival de Inverno, proposta curricular da escola do Festival das Estações do Projeto Politico Pedagógico: Percurso das Infâncias da Emei Gabriel Prestes e o olhar das crianças sobre a cidade educadora .
Hoje aos 18 anos, esse menino é um jovem, um talentoso artista, compositor e músico e intérprete genial.
Se pensarmos que toda criação musical vem do insconsciente coletivo temos esse jovem compositor de nosso tempo, contemporâneo. Thales Oscar invadiu e ocupou minha alma de uma jeito tão profundo, cortante e desconcertante, que nada tenho mais a dizer, somente a encerrar esse texto com ele.
Pra você que passa por aqui pra ler minhas reflexões, peço seu comentário e compartilhamento nas redes sociais. Com vocês meu querido, genial e jovem amigo Thales, com sua música Secura (sem letra, ouça o áudio com fones de ouvido e deixe a música te penetrar) Secura? Se Cura? SeGura?
Referências
Edinger, Edward F – A criação da consciência. Ed.Cultrix
Jung, C.G. Estudos sobre o simbolismo do si mesmo. Ed.Vozes
Edinger, Edward F – Ego e Arquétipo. Ed.Cultrix
Jung C.G – Memórias sonhos e reflexões.
Ostrower Fayga – Criatividade e processos de criação. Ed.vozes.
Canal YouTube Raul Neto https://www.youtube.com/user/theaugustrush77
Canal YouTube Suanny https://www.youtube.com/channel/UCiwv0XqqcmIM_k8nooY1DTg
Canal Caronte, o carente https://www.youtube.com/channel/UCKfucGQAXQnSvsXKNbwd27g
EMIA Escola Municipal de Iniciação Artística https://emiasp.blogspot.com/2019/11/coordenacao-de-cidadania-cultural.html
IJEP – Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa https://www.ijep.com.br