As delicias e dores humanas, vivências grupais

Preciso fazer uma reflexão a partir de um profundo trabalho coletivo que participei ontem no Coral da Emia- Escola Municipal de Iniciação Artística, onde meu filho estuda  a qual eu também faço parte.

Antes mesmo desse trabalho de ontem venho refletindo sobre processos grupais em minha pós graduação em ArteTerapia no IJEP , sobre como um grupo pode ser maravilhoso no despertar de algumas pessoas, mas como tudo nunca é 100% , nos sobram aquela parcela de pessoas que ou se escodem ou acham que os outros são repontáveis por seu despertar. 

Ou ainda há aqueles e aquelas que pensam que todos estão a sua disposição para que seu crescimento aconteça, menos a própria pessoa, claro. 

Outro perfil, e esse também percebo em mim, é quanto rola de ciúmes, vaidade, soberba e ataques por conta disso. 

Problema nem é rolar tudo isso no caldeirão da nossas almas, problemas é não conhecermos nossos movimentos em grupo e sairmos nos expondo, sem nem saber o que estamos fazendo conosco.

Engraçado que percebo esses contextos grupais principalmente em ambientes acadêmicos, onde as vaidades se sobrepõem ao desejo de mergulhar no silêncio dos seus barulhos internos como bem nomeou Nívea ontem na oficina de panificação.

Quando falo de exposição não quero dizer zer nos mostrar, quero dizer, mostrar aquilo que não temos consciência do que somos.

E aí, coleguinhas, não tem como, os processos terapêuticos individuais ou grupais, dependendo das questões claro, são fundamentais nesse processo. 

Como fiquei bem emocionada no dia de ontem pelo belíssimo trabalho de grupo fazendo pães da psicóloga Nivea Gonçalves, justinho no dia que a Psicologia completa 57 anos no Brasil , um dia histórico para o Brasil e no Brasil, porque tivemos eleições no nossos conselhos profissionais e historicamente vencemos o obscurantismo, resolvi compartilhar o que eu tava pensando. 

Também foi pra mim um dia histórico porque as terça-feiras eu passo o dia trabalhando e estudando nas escolas do meu filho e nesse dia tão especial, tecemos tapetes poéticos em tear, onde pude coordenar uma grupo de mulheres maravilhosas pela manhã da tutoria da Profª Anna Cecilia Simões, onde a intimidade, cumplicidade e amizade entre as famílias é conteúdo pedagógico .

A tarde na vivência de pães com Nivea comemorar também meu aniversario de 27 de formada nessa incrível profissão que é a Psicologia. 

Gratidão a escola pública por esses momentos intensos e reflexivos que ela continua a me colocar e que marcam profundamente a minha história de vida. 

Gratidão a Nívea Gonçalves , minha colega de profissão e de canto no coral  que me inspirou em mais essa postagem aqui no meu Jardim e que foi tão sensível e firme na condução do trabalho grupal ontem de panificação.

Agradeço ao meu grupo do coral de famílias que é tão diverso, tão generoso, tão delicado é tem vozes preciosas!

Agradeço as minhas professoras regentes Viviane Godoy e Rosana Bergamasco, do coral de Famílias da EMIA- Escola Municipal de Iniciação artística que acolheu ao meu filho e a mim em aprendizados que mexem com delicias e dores humanas! Se você também têm experiências de delícias e dores em processos grupais, conta aqui pra mim e deixe aqui seu perfume entre as flores desse Jardim! Agradeço sua presença!