Eu queria poder chorar por amor
Eu queria acreditar que brigar com quem se ama
É a coisa mais difícil que existe
Eu queria chorar de saudade
Eu queria tirar nota zero na prova
E entrar numa neurose copista e decoreba
Eu queria que caísse um temporal
E ser pega de surpresa sem guarda-chuva
Mas não! Ao invés disso
A vida me arrebatou
Com suas repetições de ódio, rancor e miséria
A história ri da nossa cara
Como se tivesse guardado um segredo
Viajando numa máquina do tempo
Eu queria entrar num buraco de minhoca
E me transportar para outra dimensão
Onde a gente pudesse só rir, rir e rir
Das besteiras lendárias de Odete Roitman!
Prosa poética escrita por Naíme A Silva em 2015. Como diria a teoria Junguiana, a expressão artística provém do inconsciente, sendo portanto atemporal. E como temos dentro de cada um de nós, a história do mundo inteiro, essa arte também é a expressão de todo o inconsciente coletivo. Alguma semelhança com o que vivemos hoje?
Lindo, Nana! 💕
Ai Solange! Levei um susto quando fui arrumar minha estante de livros e encontrei um caderno 📒 com esse poema de 2015. Nem lembrava de tê-lo escrito, mas podia ter sido escrito agora, num acha?