Desassossego

Há dias sinto um desassossego

Sentir é algo estranho 

Mas sente o que?

É bom? é ruim?

É doce ou amargo?

Qual tamanho?

Sinto um frio no estômago 

A boca que seca

O coração que bate forte

Algo do mais profundo âmago 

Poderia ser paixão ?

Ou apenas uma intuição?

Quantas dúvidas trepidam

Aqui no meu coração?

O sono vai embora

Meu coração é como um portal

Muita coisa me atravessa

Mas nem sempre comunica

De forma compreensível como um canal

E assim é a Vida

Um desassossego tremendo

Nos convidando a soltar o controle

Pra mergulhar no Ser, Sendo

O kin da Transformação

Ahô Kins! Magas e Magos da Terra!

Olá querida leitora, querido leitor!

Ja contei pra você no nosso post anterior, que apesar de eu conhecer o Sincronario  da Paz ☮️ ou Cosmologia Maia desde 2004, eu não o tinha estudado a fundo e nem o vivia como tenho praticado e estudado desde 2019. Eu já sabia que meu sêlo era a morte e apesar de fazer algumas correlações, não entendia nada sobre os tons e os vários ciclos que estão inter e intra relacionados e que vivenciamos dentro da matriz do Tzolkin ( um tapete mágico do tempo) ou mesmo em cada castelo ou giro do Anel. 

Ainda tenho muito por aprender e isso torna esses códigos do tempo tão fascinantes. Não nos apresenta um processo repetitivo e nem mecânico, mas sim ciclos dinâmicos e que você observa na natureza, ou seja, são ciclos naturais. 

Um desses ciclos é a matriz do Tzolkin contado como a gestação humana, ou seja, a cada 260 dias. Nela, nascemos numa determinada lua ( ciclo de 28 dias) que revela uma frequência energética , numa determinada onda encantada ( ciclo de 13 dias) , num determinado Castelo ( ciclo de 52 dias) e numa determinada Estação (ciclo de 65 dias) e num determinado Giro de Anel ( 364 dias+ 1 dia Fora do Tempo).

Como tenho percebido, vivendo na prática o Sincronário da Paz ☮️ que teve todos esses ciclos cuidadosamente estudados e organizados pelo prof José Arguellis, a gente vai percebendo melhor a cada Giro de Anel,  a frequências de cada dia, de cada plasma radial (ciclo de 7 dias) de cada Lua, de cada onda encantada. Então nem vou perder tempo explicando muito: primeiro porque ja temos muita gente boa e mais sabida nesse campo do que eu falando disso na internet e é só você dar uma pesquisada; segundo que não são códigos matemáticos para serem compreendidos, mas para serem vividos e sentidos e aí sim você os compreende, ou melhor, os percebe; e terceiro que minha intenção aqui é somente criar uma curiosidade no seu coração acerca da seguinte pergunta: o tempo que vivemos onde nos foi ensinado que temos que correr atrás do dinheiro pra sobreviver é a única forma que temos de contar o tempo?

E qual relação faço comigo dessa sabedoria?

Hoje é meu Kinversário, ou seja, nasci sob a onda encantada do Guerreiro, no castelo Amarelo, sob a luz/ sêlo do Enlaçador de Mundos Branco e sob o som / ton do 11, sou Cimi Buluc Sac em Maia e essa é minha assinatura Galáctica, Kin 206, dia de hoje. 

Meu propósito nessa encarnação é servir a conexão da  Inteligência do Coração, unir, enlaçar mente e coração, estabelecer pontes com a finalidade da minha libertação, bem como dos coletivos onde atuo de forma a questionar a mim e as pessoas, quais pesos precisamos soltar pra ganhar leveza e transcendermos em ações voltadas à Arte. 


          

Não há um dia sequer que não recite ou reflita ou sinta sobre meu poema, meu mantra Kin. Sim todos nós temos um mantra kin que nos faz recordar quem somos e o meu é assim:

”A transformação que esse sêlo me oferece está na entrega, na liberação e no perdão “.

 

Sim, lindo demais e desafiador demais! 

Desde 2016 venho também estudando e vivendo na prática várias culturas Xamânicas e várias religiões que trazem a força dos animais, plantas e minerais. 

O Enlaçador de Mundos e a Mariposa são arquétipos afins, porque falam de morte, de transformação e de trocar um corpo que se arrasta pra um corpo alado, que ganha leveza, por meio da morte e renascimento. 

Em outros posts prometo vir aqui te contar novas descobertas sobre isso, mas hoje quero te dizer, cara leitora e caro leitor, Kinridos e Magos e Magas da Terra,  que cada um de nós, guarda mistérios divinos e que precisamos querer nos entregar a esses mistérios pra viver uma jornada mais interessante de ser vivida, não sem dor, não sem angústia, processos e fenômenos que fazem parte de nossa humanização, mas certamente também encontramos encantamento, sentidos e um processo de completude que nos constrói dignidade e centramento num processo dentro dessa visão de que o Tempo é Arte.

Aceite então a tarefa e mergulhe em você Mesmo, descubra sua ou suas Divindades.

No meu Ateliê, o Jardim da Mariposa, além de Processos Criativos onde buscamos as imagens de nosso inconsciente, também nos visitam esses arquétipos do Sincronário da Paz, com seus códigos do tempo, as ondas encantadas e a correlação com seu Totem Animal/Cultivo Espiritual. Caso se interesse, me procure! Mas não sinta medo do farfalhar das minhas asas. Venha sentir o perfume desse Jardim!

Aproveita e faça a assinatura do Jardim da Mariposa, deixa seu comentário e compartilhe nas redes Sociais.

Ahô! Evoé! Namastê!  

 

 

 

 

 

Intuição e Integração

 

Mulher? Cuidado!

Ele é cheio de artimanhas

Se disfarça de liberdade

Contigo ele faz barganhas

O nome dele é Patriarcado

Não há qualquer problema com o Pai

Com o Homem, com o masculino

O problema é sufocar o feminino

É subjugar a alma, o espirito

Até que de cansaço a Mulher cai

E quando o feminino cai

Todo mundo perde,

menino, homem ou pai

E a gente se afasta daquilo que esquenta o coração

Que pulsa os sentidos mais profundos

O diálogo com a nossa intuição

O Patriarcado não entende o porque as mulheres se juntam

Quando juntas estamos

nossos sentidos, nosso pulso, nossa alma se alevanta

Nossa calma se encanta

Nossa intuição numa só toada canta

E quando nos juntamos

Ahhhh que alegria

Até nossos corpos se conectam

E os hormônios em sintonia

Clamam em sinergia

E em comunhão encontramos nossa Sabedoria

Comunidade: palavra profunda

Tem sentido de comunhão

De Bem Comum

De concordância em união

Mais lindo ainda, será quando tanto mulheres como homens formarem uma comunidade de seus femininos

Em parceria e colaboração

Dialogando com o Mundo

Integrando a alma em conhecimento e intuição !

 

Esse poema é dedicado as mulheres da Comunidade Biointuição que estou inserida há um ano sob a regência de nossa Mestra Bia Rossi, que de forma delicada vem nos ensinando a nos conectarmos a nossa intuição.

Para saber mais

Bia Rossi – Biointuição

Para ouvir esse poema de minha autoria, ouça Mariposa ao Pé do Ouvido, um podcast que foi gestado a partir de inspirações dessa comunidade de mulheres biointuitivas.

Presságio do Recolhimento

O desejo de se sentir em paz

Traz a ilusão

Que não se deve viver em turbilhão

Mas no fundo do inacessível

Sabemos que pra viver em paz

É necessário surfar no olho do furacão

Esse jeito de agir da Vida

Que tudo tira do lugar e nos convida

A permanecer sereno e em silêncio

Na pulsação da alma

No toque das mãos

E na cadência de um olhar

E a Senhora Mariposa

Com suas asas a farfalhar

Não me visitou hoje materializada na morte

Ela veio com sua presença arrebatar os sonhos

E no seu repouso incômodo

Mesmo que lhe dando passagem

Na janela aberta do quarto

Ela permanece no cômodo

Por que precisa comunicar o presságio

O coração aperta

Por que apesar da esperança na explosão da Vida, a vida também pede recuo

Pede cautela, pede zelo

Pede recolhimento

Pra que ela possa dar alento

A Vida é da ordem do Divino

E o Divino feito em ciclos

Pede elevação no turbilhão

Em posição de respeito

Com a alma em concentração

Libertando o controle

Dissolvendo as dores

Igualando e harmonizando

O entendimento e a intuição

Ouça esse poema no meu podcast Mariposa ao pé do ouvido

 

 

Teatro-Documentário , Contos Épico Narrativos e Story Telling- por Naíme A Silva

 
A semana passada foi mais uma semana impactante pra mim no mundo das artes. Fiz uma oficina fantástica de Teatro-Documentário com o Prof Dr.  Marcelo Soler.
 
Aprendi que nós atores e atrizes, temos uma influência profunda com o teatro ficção numa concepção modernista e que o Teatro-Documentário traz a potência  do pacto documental. Essa outra maneira de pensar as artes da cena constitui-se como uma nova forma de fazer  teatro contemporâneo. 

Um jeito novo de se viver o teatro, a realidade social, as poéticas, as expressões criativas! 

Nessa oficina pude fazer dois rascunhos cênicos documentais: 

Nesse primeiro rascunho, eu tinha que me apresentar de maneira documental. Trouxe como documento, elementos cênicos que sim, falavam de mim, mas eu ainda não tinha compreendido a força e potência do pacto documental e acabei trazendo uma apresentação de mim mesma de forma muito ficcional. Ficou assim:

 

Na segunda apresentação, a proposta foi trazer  uma cena da pandemia.

Aqui  me debrucei sobre um tema dentro da pandemia, mas me preocupando em não estabelecer o mais do mesmo ou uma forma clichê. Assim, precisei fazer uma pesquisa sobre o tema, uma pesquisa documental, a busca dos elementos cênicos como documentos, a formulação de um texto/ relato, a gravação desse texto/relato em um áudio, a escolha de uma música que também pode ser considerado um documento.

Outra situação interessante foi que eu pedi avaliação de duas pessoas antes de submeter o rascunho na oficina e meu objetivo era avaliar o pacto documental no olhar do interlocutor do rascunho cênico documental. As impressões que tive me levaram a refletir sobre a força do documento explícito e sua veracidade, bem como de documentos implícitos ou que evocassem a imagem de documentos factuais.

O tema que escolhi eu já havia feito dele um conto de fadas, um poema e Story Telling.

O assunto desse tema foi o estupro da menina de 10 anos por seu tio e sua saga por hospitais de vários Estados Brasileiros para a realização de um aborto, e mesmo depois da justiça determinar a autorização do procedimento, eu quis trazer a reflexão de todas as humilhações e violências institucionais vividas pela menina. 

Nessa pesquisa eu trouxe muitos documentos explícitos como matérias jornais da época e implícitos como bonecas, mochilas, massinha de modelar, alça de sutiã que serviu de amarras aos olhos e boca da boneca. Importante lembrar que tanto no primeiro rascunho, quanto no segundo, eu tinha menos de um minuto pra cumprir o desafio e mesmo assim extrapolei o tempo. Abaixo o Vídeo/Teatro-Documentário Pandemia_2020 e os documentos/elementos cênicos escolhidos:
 

 
 
Meu poema foi citado num dos episódios do Podcast Chutando a escada, no link abaixo, bem como publicado aqui no Jardim da Mariposa conforme links abaixo:
 
 
 
O Jardim da Mariposa :

Perdoa, Criança Divina!

Quinze dias antes eu tinha realizado um curso de Story Telling com o Prof Dr Ivan Mizanzuk, onde aprendi técnicas muito parecidas com o teatro-documentário, mas num contexto Literário e com metodologias de autores estadunidenses bem específicas de contar histórias.
 
E assim, pude reescrever um conto que havia escrito de forma épico-narrativo, agora na metodologia do Story Telling, que compartilho aqui com vocês:
 
Quero contar pra você que esse trabalho com o conto de fadas, foi provocado pelo meu diretor de Arte, prof Adanias de Souza, do nosso grupo de teatro Acorda Alice, que já tem mais de 35 anos. Esse trabalho está se constituindo num projeto tão grande e incrível que me fez estabelecer parcerias com artistas maravilhosos no campo da música, que na altura certa, eu venho divulgar aqui pra você, flor do meu Jardim.
 
Aguardo gentilmente seus comentários sobre meu trabalho que vai se descortinando aos longo de tantas décadas, sobre as Artes da Cena, as artes dos contos épico-narrativos, as artes das histórias, das poéticas, da composição musical, da Filosofia, da Arteterapia de Base Junguiana, da Literatura e da Educação de crianças pequenas e supervisão e formação profissional de professoras/res.

Agradeço aos mestres incríveis Marcelo Soler, Ivan Mizanzuk e Adanias de Souza pela profundidade desses conhecimentos e vivências práticas da Arte da Cena e do Campo da Literatura. 

Na dança do mundo, as lambadas que a Vida dá!

Tenho feito uma coletânea de sonhos num diário que ganhei no Natal de 2020.

 Esse material onírico tem rendido profundas sessões analíticas, muitos desenhos, mandalas, meditações, intuições e novas percepções acerca de mim mesma e do mundo que me cerca.

Esse processo começou com uma pesquisa antroposófica das 12 noites Santas após o Natal e o estudo astrológico correlacionado a um planejamento simbólico dos sonhos desse período.

Trabalho profundo que mês a mês, uma comunidade de mulheres vem se aventurando a compartilhar intuições, a realizar meditações, analisar sonhos, para se autoconhecerem e também para intencionarem por um mundo melhor.

Todo sonho, segundo a narrativa junguiana, tem uma parte que pertence a sua trajetória pessoal- como ser humano vivendo uma experiência espiritual ( sua alma) na matéria que é seu corpo, – e ao mesmo tempo,  carregado de imagens arquetípicas representadas pelo inconsciente coletivo.

Então todo sonho,  você pode analisar aquilo que só pertence a você, com sua história, sua trajetória pessoal, mas também há representações que pertencem ao coletivo, ao mundo todo de forma atemporal.

O sonho que eu tive representando a força de Aquarius me remeteu a boas aprendizagens sobre mim mesma, e ao mesmo tempo fui como que arremessada a uma ideia coletiva inspirada por um poema nesse momento duro, cruel, perverso, que temos vivido politicamente nos últimos tempos.

E ao me deparar com o espírito do tempo, Zeitgeist me trouxe a  inspiração desse poema que deixo aqui pra você que é meu leitor. Aproveita, comenta aqui embaixo e compartilha com seus amigos e suas amigas. Quem sabe as pessoas vão parar pra prestar atenção nas mensagens dos seus sonhos! Eu garanto pra vocês que lá onde todos somos UM, há muitas chaves para um caminho de Sabedoria!

 

Na Dança do Mundo…

Quem tá parado não morre
Olha só que contradição?
Contradição é contra a adição 
É não colocar mais nada não 
É um:  menos é mais nesse corre!

Só que Árvore não corre
Árvore enraiza
Fica quieta no lugar
Amortecida 
Aliás, amortecida
Parece amor que morre

Aquele amor que não quer dançar 
Aquele amor que fica bebaço 
E morre na gente a vontade de lutar

Mas de repente a gente fica
Revoltada
E sobe as escadas da vida
Pra reagir a tirania
Que fez caçoada, zombada
Com cara de doido, Coringa
Derrubando em cima da gente
Todo veneno que vertia

Liberdade é o que se quer!
Eu respeito o momento
Momento pra muito silêncio
Mas não respeito o descaramento
Do tirano que provoca esse tormento
E faz toda gente se expor sem sorte,
Ao purgatório da morte.

Precisamos todes nos encontrar

  

Eu não pretendia escrever hoje, mas fui capturada pela arte como costuma acontecer e nessas horas a escrita me possui e estou cá sentada a conversar com es leitores desse Jardim!

Esse ano de 2020 tem sido um ano que muitas vezes nem sabemos descrevê-lo tamanho Tsunami ele se apresenta e nos atravessa com ondas que oscilam entre alegria, tristeza, raiva, enclausuramento, mergulho, explosões criativas e encantamento e potência criadora. 

Participo de três grupos que trabalham entre tantas linguagens artísticas, a linguagem musical: meu grupo de teatro Acorda Alice, o grupo dos Cantos de Trabalho e as cantigas da cultura Brasileira de Renata Mattar e o Coral de Famílias da EMIA.

A EMIA/ Escola Municipal de Iniciação Artística é a única escola PÚBLICA Municipal de infâncias de Arte da América Latina, mas deveria ter uma em cada território, bairro ou distrito brasileiro!

Nosso trabalho foi tão intenso de significados, sincronicidades e conexões regidas pelo belíssimo trabalho de Rosana Bergamasco e Viviane Godoy que me atravessa um sentimento de honra e respeito grandioso em fazer parte.

Nesse ano que se puder qualificar de alguma forma , qualificarei de fenômeno, em isolamento social e de forma virtual, realizamos três trabalhos musicais incríveis. Um vídeo de uma música composta coletivamente com Rosana Bergamasco e com os Arranjos de Viviane Godoy,  A Poesia me Interessa, que já contei um tanto aqui nessa postagem , o Vinil da Mariposa

Vinil da Mariposa

Pra falar desse trabalho preciso trazer alguns fatos. Primeiro que para trabalharmos Candeia, a professora Ana Claudia Cesar, musicista de Choro e Samba e apreciadora de Candeia veio falar pra gente a história dele. E ai gente, tenho que dizer pra vocês que quanto mais eu estudo cultura brasileira, mais eu concordo com a música Querelas do Brasil, composta em 1978 por Maurício Tapajós e Aldir Blanc, também cantada pela saudosa e formidável Elis Regina, “O Brasil não conhece o Brasil”. 

Digo isso porque são tantos artistas, poetas e compositores que ou não são conhecides ou não são ouvides por brasileires e são tão incriveis, tão ricos/as e precioses que a gente quer sair cantando essa gente toda pra todo mundo conhecer e valorizar, porque essa riqueza toda é a tradução da nossa Alma Brasileira. 

A outro fato que preciso contar é que a primeira vez que ouvi essa canção foi na voz de Marisa Monte e que sou arrebatada por tantas memórias da minha juventude onde eu buscava me encontrar. Um juventude tão perdida, mas tão criativa também, errando tanto com tanto desejo de acertar! E não é assim que é a vida? A gente vive procurando se encontrar!

Lembro que cantamos essa canção num luau em Camburi, distrito de Picinguaba, perto de Trindade, onde a gente acampava nas praias, com muita música, danças, fogueira, bebidas e comidas. E eu saia a noite sozinha, caminhando pela praia observando as montanhas escuras e pensando exatamente o quanto eu queria me encontrar, olhando minhas passadas descalça a pisar na areia. Tantas lembranças de uma juventude de tantos amores e tantas dores!

E por ultimo queria antes de mostrar pra vocês como esse trabalho ficou incrível, dizer que vocês verão no video cenas que cada pessoa do coral escolheu para representar que precisa se encontrar. Que a cena que escolhi foi o arquétipo da  Guerreira Brasileira, uma indígena, etnia que descendo de ancestrais materna e paterno!  Escolhi porque como estudiosa do sincronário da Paz, estou a serviço da onda encantada do Guerreiro e sei que essa energia me leva a me encontrar comigo mesma, com o Brasil que há em mim!

Quero agradecer a EMIA pela oportunidade de pertencer a esse coral incrivel, de pessoas generosas e talentosas! Agradecer as professoras Rosana Bergamasco, Viviane Godoy e Ana Claudia Cesar. Agradecer ao querido Noedson Martins de Almeida, que fez a dificil e criativa edição dos dois vídeos, A poesia me Interessa e Preciso me Encontrar e agradecer meu filho Abá e as crianças da EMIA pois é por causa delas que pudemos nos encontrar nesse coletivo incrível. 

E aqui nosso maravilhoso trabalho coletivo: 

Não se esqueça, colabore com a Cultura Brasileira, porque afinal precisamos todes nos encontrar, deixando aqui seu comentário, compartilhando nas suas redes sociais e espalhando seu perfume entre essas flores!

Como eu queria…

Eu queria poder chorar por amor

Eu queria acreditar que brigar com quem se ama 

É a coisa mais difícil que existe

 

Eu queria chorar de saudade 

Eu queria tirar nota zero na prova

E entrar numa neurose copista e decoreba

Eu queria que caísse um temporal

E ser pega de surpresa sem guarda-chuva 

Mas não! Ao invés disso

A vida me arrebatou

Com suas repetições de ódio, rancor e miséria 

A história ri da nossa cara

Como se tivesse guardado um segredo

Viajando numa máquina do tempo

Eu queria entrar num buraco de minhoca

E me transportar para outra dimensão 

Onde a gente pudesse só rir, rir e rir

Das besteiras lendárias de Odete Roitman!

 

Prosa poética escrita por Naíme A Silva em 2015. Como diria a teoria Junguiana, a expressão artística provém do inconsciente, sendo portanto atemporal. E como temos dentro de cada um de nós, a história do mundo inteiro, essa arte também é a expressão de todo o inconsciente coletivo. Alguma semelhança com o que vivemos hoje?