Um jeito novo de se viver o teatro, a realidade social, as poéticas, as expressões criativas!
Nessa oficina pude fazer dois rascunhos cênicos documentais:
Nesse primeiro rascunho, eu tinha que me apresentar de maneira documental. Trouxe como documento, elementos cênicos que sim, falavam de mim, mas eu ainda não tinha compreendido a força e potência do pacto documental e acabei trazendo uma apresentação de mim mesma de forma muito ficcional. Ficou assim:
Na segunda apresentação, a proposta foi trazer uma cena da pandemia.
Aqui me debrucei sobre um tema dentro da pandemia, mas me preocupando em não estabelecer o mais do mesmo ou uma forma clichê. Assim, precisei fazer uma pesquisa sobre o tema, uma pesquisa documental, a busca dos elementos cênicos como documentos, a formulação de um texto/ relato, a gravação desse texto/relato em um áudio, a escolha de uma música que também pode ser considerado um documento.
Outra situação interessante foi que eu pedi avaliação de duas pessoas antes de submeter o rascunho na oficina e meu objetivo era avaliar o pacto documental no olhar do interlocutor do rascunho cênico documental. As impressões que tive me levaram a refletir sobre a força do documento explícito e sua veracidade, bem como de documentos implícitos ou que evocassem a imagem de documentos factuais.
O assunto desse tema foi o estupro da menina de 10 anos por seu tio e sua saga por hospitais de vários Estados Brasileiros para a realização de um aborto, e mesmo depois da justiça determinar a autorização do procedimento, eu quis trazer a reflexão de todas as humilhações e violências institucionais vividas pela menina.
Nessa pesquisa eu trouxe muitos documentos explícitos como matérias jornais da época e implícitos como bonecas, mochilas, massinha de modelar, alça de sutiã que serviu de amarras aos olhos e boca da boneca. Importante lembrar que tanto no primeiro rascunho, quanto no segundo, eu tinha menos de um minuto pra cumprir o desafio e mesmo assim extrapolei o tempo. Abaixo o Vídeo/Teatro-Documentário Pandemia_2020 e os documentos/elementos cênicos escolhidos:
Perdoa, Criança Divina!
Agradeço aos mestres incríveis Marcelo Soler, Ivan Mizanzuk e Adanias de Souza pela profundidade desses conhecimentos e vivências práticas da Arte da Cena e do Campo da Literatura.
Uma maravilha tudo isso!
Você é uma artista séria ,entende muito bem o que é a arte, pra que serve , a hora de fazer e pra quem oferecer.
Fica tudo tão indiscutível! Pois é tudo tão certo e na medida certa.
Minha amiga multifacetada que se enquadra na classificação de ARTISTA ETC…
E cá entre nós uma atriz e tanto !!!
Querido Ada! Sua parceria me inspira todos os dias!
A força do seu trabalho chega fundo, toca almas. Parabéns por tanta beleza!
Carol obrigada por sua visita trazendo ainda mais perfume as flores desse Jardim
Querida! Seu trabalho mais uma vez me atravessa, quanta sensibilidade em discutir temas tão pesados para a humanidade, o tema da garota de 10 anos me fez reviver os sentimentos da época, dentre tantos sentimentos e pensamentos o que ainda me marca é o decidir o óbvio, o corpo violentado por tantos ao mesmo tempo tem cura? Que possamos construir essa resposta com bases nas ações genuínas do amor, empatia e proteção às infâncias. Gratidão por mais esse momento de evolução humana. Minha FADA!
Que visita perfumada a sua aqui a associar-se as flores desse Jardim! Venha sempre por favor e se quiser faça morada por aqui!